Avrechím do Bircat Avraham atuando em congregações desatendidas
Em muitos lugares em Israel, principalmente nas áreas agrícolas e assentamentos pequenos, existem congregações “desatendidas”, sem um rabino e sem shiurím, de forma que o judaísmo nestes lugares vai se perdendo cada vez mais. As pessoas de idade ainda sabem a importância de frequentar a sinagoga local de vez em quando, mas seus netos já não tem esta consciência.
O Instituto Bircat Avraham, que conta com avrechím (rabinos) que sabem discursar muito bem, começou a enviar rabinos para estes lugares, para dar shiurím (aulas de judaísmo gratuitas) nas noites, para que estes judeus não percam sua identidade judaica. Também em Shabatot, os rabinos se hospedam no local, e dão shiurím no decorrer do Shabat.
Vamos contar dois exemplos sobre o grande sucesso deste projeto:
Kfar Haríf
Kfar Haríf é um assentamento a 38 Km de Jerusalém, com 320 famílias. A sinagoga local só tinha minian em Rosh Hashaná e Kipur, e embora ficava aberta em Shabat, não tinha minian. Neste assentamento, as crianças não sabem nem Keriat Shemá, e vários nunca colocaram Tefilín nem mesmo no Bar Mitsva.
Alguns dias depois de Yom Kipur deste ano (5775), mandamos para lá o Rabino Nehorai Ochana, aluno do Bircat Avraham e autor de vários livros importantes. Ele começou a dar um shiúr semanal entre 19:30 as 20:30, e também em Shabatot. No começo, apenas 3 pessoas frequentavam o shiur. Com o tempo foram se juntando mais, e hoje (depois de apenas meio ano) o shiur já conta com 15 a 80 pessoas (dependendo se é feito na sinagoga ou em casas particulares), e foi estendido até as 21:30. Estes shiurím causaram que as pessoas se aproximassem do judaísmo, sendo que hoje já tem Minian na sinagoga em Shabat (Shacharit Minchá e Arvit). Durante a semana, as pessoas viajam diariamente para Kriat Malachi (uma cidade próxima), para rezar com minian. Há frequentadores do Shiur que começaram também a estudar Torá em seus lares diariamente por conta própria, junto com seus filhos. Outros, já descartaram todos os livros impróprios que possuíam. Teve até um jovem que, graças a estes shiurím, foi estudar em uma Yeshivá (“Yeshivat Or Hachaím”) em Jerusalém. O Rabino Nehorai conseguiu também que dessem início aos planos para a construção de um Mikve em Kfar Haríf.
Kfar Uriá
A 25 Km de Jerusalém, encontra-se o assentamento Kfar Uriá. No local moram 700 famílias, a sinagoga local tem minian diariamente, mas não tinha nenhum Shiur. No mês de Av 5774, o Bircat Avraham enviou para lá o Rabino David Bar-Osher, para dar Shiurim noturnos, e também em Shabatot. A Kehilá ficou admirada com os Shiurim do Rabino, sendo que com o tempo mais pessoas passaram a frequentar a Sinagoga especialmente para escutar os Shiurim tão bem falados. O Rab. Bar-Osher passou a ser o Chazan, e também ler na Torá, pois eles não tinham ninguém que o fizesse. No shabat, muitos pararam de vir de carro para a sinagoga, outros passaram a usar roupas mais adequadas ao shabat (antes da vinda do Rabino, muitos vinham a sinagoga no shabat calçando “havaianas”), e teve até alguns que começaram a esperar o horário de Rabênu-Tam no término do Shabat.
O Shiur tinha no princípio apenas 4 participantes, e com o tempo chegou a uma média de 25 participantes. Em dias de Mishmará, comparecem no shiur mais de 100 pessoas. O taxista (judeu) que levou o Rab. Bar Osher para Kfar Uriá, que não era religioso, ficou sensibilizado com os shiurím, e fez questão de trazer o Rab. Bar-Osher para dar shiurím semanais também na cidade de Maalê Adumím, onde mora o taxista.
Continuando o projeto
Este projeto ainda não tem patrocinador. Embora os avrechím dão os Shiurím voluntariamente, eles necessitam de apoio para os gastos de locomoção.
Esta atividade ainda não tem um nome, quem tem o interesse de dedicar o nome por favor entre em contato